O corpo do ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, foi enterrado na tarde desta sexta-feira no cemitério Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Catanduva, interior de São Paulo, onde vivem a mãe e outros parentes. O velório começou durante a madrugada e terminou no início da tarde. Antes, o corpo foi velado durante algumas horas na cidade de Pindamonhangaba, onde ele vivia com a mulher, a pastora Daisy Franca.
Ele foi executado com cerca de 20 tiros, na noite de quarta-feira, ao chegar em sua casa, na cidade de Pindamonhangaba, 35 dias após deixar a prisão, onde cumpriu pena de 27 anos. Ele foi preso por chefiar um grupo de extermínio e matar mais de 50 pessoas na periferia de São Paulo, nos anos 80.
Segundo o delegado Vicente Lagioto, que conduz as investigações do caso, alguns depoimentos estão previstos para esta sexta-feira, inclusive em outros municípios. Ainda não há suspeitos.
"Já temos uma equipe de investigadores em Aparecida", disse o delegado.
Cabo Bruno esteve, na noite em que morreu, numa igreja evangélica em Aparecida. Ele havia se tornado pastor evangélico.A polícia também apura a informação de que um carro foi visto estacionado próximo à casa do ex-policial e que os suspeitos teriam fugido neste veículo após o crime.
O ex-policial esteve em Catanduva no mês passado para visitar a mãe, Josefina Scabin de Oliveira, que tem 87 anos. Ele participou de uma almoço com cerca de 30 pessoas, entre amigos e familiares. E chegou a planejar as festas de final de ano.
AGENCIA O GLOBO